terça-feira, 24 de agosto de 2010

Caixas do sítio do costume

Venho só deixar uma pequena dica para quem precisa de fazer mudanças : não comprem caixas de cartão a 5 euros nas lojas de bricolagem, vão a supermercados ou hipermercados da zona e peçam as caixas onde vieram acomodados os produtos. Eu fui ao Pingo Doce e a menina foi 5 estrelas, deu-me três caixas granditas e disse que se precisasse de mais, era só voltar.

Assim ajudamos a carteira (os tais 5 euros) e o ambiente, não só porque não compramos caixas de cartão inutilmente, mas porque, de outra forma, as caixas dos supers e hipers não eram reutilizadas. O único problema é que elas vêm um pouco maltratadas, mas nada que um pouco de fita cola não resolva (não esquecer, arrancar a fita-cola antes de deitar no eco-ponto) e uma delas veio com manchas de gordura, mas forrei com jornal e ficou fina.

Outro conselho que posso dar é não tirarem o curso de Direito nem serem apaixonadas por literatura, porque a razão de precisar de tantas caixas é precisamente ter de distribuir o peso dos livros, de forma a um humano normal conseguir levantar as caixas... Outra hipótese é contratar o Hulk (o da BD)...

Pupi, (ou Pupu) já conhecida, à esquerda e a Tinota (ou Pino) à direita
Quem está a gostar das mudanças são as gatecas, que com tanta caixa disponível, aumentaram exponencialmente o número de esconderijos e túneis para brincarem :)

sábado, 21 de agosto de 2010

Passo a publicidade : a cara nova de um chapéu


Deixem-me já que vos diga, eu não gosto de andar a fazer publicidade gratuita*. Ou seja, não gosto de andar com sacos/t-shirts/outro artigo qualquer com um slogan ou marca esparramada.  Porém, às vezes dão-nos certas coisas e é uma pena não usar, porque à parte da frase ou palavra alusiva, até são bastante boas.
Foi assim que surgiu este chapéu. Num dia de muito sol, dei por mim sem chapéu em casa dos “sogros”, ainda tentei improvisar com um lenço, mas ficava com a cabeça quente na mesma. Então, do fundo da despensa surgiu um chapéu de palha ( uma recente perdição minha), mas com uma fita feia a toda a volta e a fazer publicidade a um certo organismo de turismo. Depois das mini-férias, trouxe o chapéu de volta, pois era um de muitos que estavam perdidos pela despensa, mas tinha de tirar aquela frase.
Antes
Tirei então a fita azul e colei a toda a volta outra fita. Com os restos, fiz um laçarote, que cosi com uns pontinhos no meio e ficou logo com outro ar. Sinceramente, ainda não sei se gosto muito dele, usei uma fita que já cá tinha e não sei se é a melhor combinação. Mas se, depois de estranhar, não se entranhar, vou sempre a tempo de comprar um enfeite mais a meu gosto e trocar :)
Depois
Pronto, assim podemos perfeitamente usar aquela t-shirt ou aquele boné ou aquele saco, sem estar a fazer publicidade nem ter de mostrar as imagens, logotipos e slogans (por vezes muito pouco imaginativos), basta arranjar algo para tapar ou substituir.

*A este propósito, no outro dia irritei-me a sério com uma vendedora numa loja : fui comprar uma coisa mínima, que podia perfeitamente caber na minha carteira, sem ter de arrastar mais um saco para casa. Quando disse à senhora que não queria saco ela virou-se e disse que tinha sim senhora de levar o saco, porque assim fazia publicidade à loja….. Eu fiquei embasbacada com a lata dela, de tal modo que nem reagi, peguei no maldito saco e saí. Cá fora, escondi-o dentro das carteira, só para não lhe satisfazer a vontade. Passados alguns minutos, lá me lembrei do que devia ter dito : “Ai é para fazer publicidade? Então dê-me lá um desconto na peça, que eu não trabalho de graça!”. Para a próxima já tenho a boca na ponta da língua!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Aqui há fruta!

Para introduzir, um dos meus poemas preferidas, pela sua simplicidade e pela forma como a língua se enrola a dizer o primeiro verso :
Pêssegos, pêras, laranjas,
morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música dos meus sentidos,
pura delícia da língua,
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas,
tangerina, tangerina.

Eugénio de Andrade

Aqui vão umas improvisações resultantes da necessidade de utilizar fruta que havia no frigorífico, combinações malucas, mas que deram muito bom resultado :

Melancia com gelatina de Maracujá – fazer a gelatina normalmente. Deitar a melancia cortada numa taça de vidro (para ficar bonitinho) e despejar por cima a gelatina. Fica óptimo!

Salada de Manga com Romã – não é necessário explicar nem adicionar açúcar. Nunca tinha pensado nesta mistura, mas todos gostaram.

Mousse-creme de Papaia – esta receita deve dar para qualquer fruta, eu faço com manga e morango, e esta experiência com papaia ficou excelente. Triturar a fruta com um bocado de leite. Juntar uma lata de leite condensado e mexer bem. Bater um pacote de natas e envolver no preparado anterior. Pôr no frigorífico umas horas e fica pronto a comer (logo depois de feito também já está pronto a comer, mas fica melhor geladinho) [desta não tirei foto, esqueci-me mas ficou um rosa pálida lindo]

Sobre as utilidades possíveis de um soutien velho


Esta é a história de 2 soutiens cai-cai que estavam na gaveta.
O soutien A ficava-me pequeno na zona de apertar, que não sei se tem um nome específico na gíria da lingerie. Ás vezes até andava com ele, mas chegava ao fim do dia e tinha vergões vermelhos por todo o peito e costas. Para resolver este problema, sei que há uns apliques que alongam o soutien, à venda em diversas lojas e que, como são produtos básicos, nunca estão em saldo e são peças um pouco carotas, pelo menos por dois bocadinhos de tecido e uns colchetes.
É aí que entra o soutien B : tinha as copas demasiado pequenas, mas tinha custado uma fortuna e eu ficava com remorsos de o deitar fora. Depois de o experimentar pela enésima vez e verificar que não havia maneira de não ficar a transbordar (não pensem que sou muito avantajada, mas não sei porquê, deixei uma vendedora convencer-me que eu precisava de um número mais baixo do que aquele que, de facto, uso!!), peguei na tesoura e cortei as tirinhas dos colchetes de cada lado. 


Depois cosi-as uma à outra, apontando a tira dos ganchos para cima e a dos colchetes propriamente ditos para baixo. Quem tiver máquina pode fazer isto mais perfeitinho, mas eu só tenho um kit de costura de emergência (que já foi usado para este pequeno makeover), pelo que não ficou muito bonitinho. Eventualmente compro um bocadinho de fita cor de pele e cubro a “cicatriz”.











E pronto, cá está o soutien alargado. Já andei com ele e fica super confortável. E esta peça dá, obviamente, para usar com qualquer soutien apertado que tenha duas filas de colchetes!

Quanto às restantes partes componentes do soutien, essas também podem ter o seu uso : as copas fazem lembrar caras de bonecos de pano, basta bordar ou colar uns olhos, nariz e boca e dar alguma forma. Os enfeites podem servir para embonecar outra coisa qualquer. E pronto, um soutien a que não se dava uso até pode ser útil para outros fins!