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sábado, 9 de outubro de 2010

Aproveitar o Arroz

Não sei se sou só eu ou se é sentimento generalizado, mas arroz requentado não tem lá grande textura nem sabor, principalmente se tiver sido feito com base num refogado, que é como eu costumo fazer. Porém, raramente acerto na quantidade exacta de arroz para 2 pessoas e fico sempre com sobras. O que fazer, visto que aquecer está, para mim, fora de questão?
Nada mais fácil, fazem-se umas belas pataniscas de arroz. É muito simples e ficam óptimas! Tinha uma tigela de arroz com ervilhas e salsichas de peru no frigorífico.


Bati dois ovos, que juntei ao arroz para fazer uma papa.Se tiverem fermento, uma colherzinha de café não fica mal, as pataniscas ficam mais fofinhas. Nesta fase, pode-se temperar ou juntar outras coisas a gosto. Como este arroz já era muito rico, deixei ficar assim e nem juntei sal nem nada. Mas quando é um arroz mais simples, costumo pôr salsa e fiambre (com arroz de tomate, ficam divinais).


Deitam-se porções da massa numa frigideira quente para fritarem. Eu usei margarina, mas também costumo usar azeite, ficam boas de uma maneira ou de outra. Deixam-se ficar douradinhas de um lado e depois viram-se.

Foram acompanhadas com uma saladinha de tomate e assim se fez um leve e saboroso almoço de sábado :) Mas também são bom acompanhamento para carnes ou peixe, hoje é que não estávamos com muita fome.

Há algum tempo atrás, fiz a mesma coisa, mas com arroz de ervilhas simples. Juntei salsa e bacon estaladiço e também ficaram muito boas.


(arroz de ervilhas, como já devem ter percebido pelo post, é muito consumido por cá :P )

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Aqui há fruta!

Para introduzir, um dos meus poemas preferidas, pela sua simplicidade e pela forma como a língua se enrola a dizer o primeiro verso :
Pêssegos, pêras, laranjas,
morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música dos meus sentidos,
pura delícia da língua,
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas,
tangerina, tangerina.

Eugénio de Andrade

Aqui vão umas improvisações resultantes da necessidade de utilizar fruta que havia no frigorífico, combinações malucas, mas que deram muito bom resultado :

Melancia com gelatina de Maracujá – fazer a gelatina normalmente. Deitar a melancia cortada numa taça de vidro (para ficar bonitinho) e despejar por cima a gelatina. Fica óptimo!

Salada de Manga com Romã – não é necessário explicar nem adicionar açúcar. Nunca tinha pensado nesta mistura, mas todos gostaram.

Mousse-creme de Papaia – esta receita deve dar para qualquer fruta, eu faço com manga e morango, e esta experiência com papaia ficou excelente. Triturar a fruta com um bocado de leite. Juntar uma lata de leite condensado e mexer bem. Bater um pacote de natas e envolver no preparado anterior. Pôr no frigorífico umas horas e fica pronto a comer (logo depois de feito também já está pronto a comer, mas fica melhor geladinho) [desta não tirei foto, esqueci-me mas ficou um rosa pálida lindo]

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Calor = Saladas = Saladino (da Ariete)

Já todos devem ter visto a publicidade desta maquineta na TV, em que uma mulher compete com um chefe japonês na arte de cortar fatias de legumes rapidamente. Antes de o comprar andei à procura aqui pela Internet de críticas, para saber se valia a pena. Encontrei poucas, sendo a maioria favoráveis, e 2 meses de uso depois também decidi deixar o meu testemunho.

Ora bem, eu acho uma boa compra, principalmente porque adoro cenoura crua e é uma seca (e perigoso para a ponta dos dedos e unhas arranjadas) ralar para pôr na salada. Aquilo é super rápido e os novos são portáteis, só precisam de ser recarregados ao fim de algumas utilizações e, pelo menos o meu, não encrava com os legumes. Ainda não experimentei tudo o que queria, mas acho mesmo um electrodoméstico super útil e que nos permite fazer pratos no dia a dia que acabamos por não fazer pois exigem algum (muito) trabalho de preparação. Além disso as lâminas são bastante versáteis e lava-se muito facilmente. Para mim, compensa o preço.
Agora, como não há bela sem senão, a única coisa que eu alteraria era o tamanho do bocal, pois é bastante exíguo. As cenouras ainda cabem inteiras, mas o resto (batata, pepino, courguete, alho francês…) tenho sempre de cortar ao meio. O efeito não é tão bonito como o do chefe japonês da publicidade, mas, se vier a sentir a necessidade de ter rodelinhas bonitas para algum prato festivo, recorro ao ralador tradicional ou à faca, como nos tempos pré-saladino. Também seria engraçado que se fossem lançando mais formatos de lâminas, que se pudessem adquirir em avulso e disponibilizassem outras cores, já que o laranjão não é das cores mais agradáveis, na minha opinião.

Um exemplo prático : hoje fiz uns bifes com arroz e queria gastar uns legumes do frigorífico. Toca a pegar no Saladino, ralei cenoura e pimento, juntei azeitonas e uma cebola roxa às meias luas fininhas, temperei com azeite, sal, vinagre e orégãos e fiz isto tudo em 5 minutos, se tanto (o que demorou mais foi descascar e cortar a cebola – da próxima também tento cortar na máquina). Esta salada foi de resto inspirada nas Cenouras Aromatizadas apresentadas no blog “A Cláudia na Cozinha?!”. Outra receita óptima para estes dias é a tradicional salada de pepino com as suas inúmeras variantes e com o Saladino as fatias ficam tão fininhas que sabem bem melhor!

*Nota : graças a Deo, já domino a técnica das hiperligações! Obrigada :)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Spaghetti alla Simplicitá! (pardon my italian)


Esta receita de massa é do mais simples que há, tão mas tão simples que deve haver dezenas de versões a circular por aí. Mas como eu a tirei do ar num dia de muita fome e poucas provisões, vou pô-la aqui, para alguém que tenha o mesmo problema. Vai dai, já a fiz tantas vezes que passou de receita do refugo para receita de eleição.

Esparguete ou outra massa (mais ou menos 250gr para 2 pessoas)

3 tomates maduros, médios

6 fatias de queijo flamengo

Orégãos e azeite q.b.


Cozer a massa em água com sal. Á parte, cortar os tomates descascados em pedaços pequenos e ralar ou picar o queijo. Quando a massa estiver pronta, escorrer e juntar o tomate e o queijo, mexer bem e temperar com azeite e orégãos a gosto. Comer!

*Como podem ver pela foto, usei massa tricolor, pois não tinha esparguete e queria acabar com as embalagens abertas.O efeito com esparguete ou massa "branca" é mais bonito.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Canja de Alho Francês e outros devaneios


Isto dos blogs é muito fácil de criar, mas depois para escrever… not so much! Em primeiro lugar, não tive tempo nenhum até ao final do mês, a tentar entregar tudo a tempo e horas, com o sol a bater nos vidros… E depois, cada vez que tinha uma ideia, pensava “Hmmm… Isto não deve ser interessante para ninguém, não vale a pena…”.
Bom, mas tudo mudou! Entrei de férias (ou melhor, os meus próximos “deadlines” só são em Setembro, portanto posso organizar o meu dia à minha maneira) e, talvez por causa disso, apeteceu-me descrever os meus improvisos de ontem, que deram óptimos resultados.
Ora bem, então depois de entregar os últimos papéis na Faculdade, fui ás compras. O hipermercado estava cheio, não percebi porquê na altura, à quarta às 6 da tarde até nem costuma estar muito mau(eu detesto ir ás compras na altura das enchentes…), mas hoje lembrei-me que devia ser por causa da subida do IVA.
Cá por casa andava-se mal do estômago, pelo que decidi fazer um menu de dieta : canjinha, peixinho e arroz. Nunca aprendi a fazer canja, quando comecei a fazer sozinha, imitei os passos que via a minha mãe a dar. Convém dizer que a canja lá em casa nunca foi a típica canja portuguesa (ou pelo menos como se come em restaurantes e noutras casas), talvez até tenha de ter outro nome, porque não leva os miúdos, aproveita-se a carne da galinha, e é mais amarelinha, não tem aquele cor esbranquiçada.
A canja é super fácil de fazer, o que é óptimo visto ser comida nos dias em que menos apetece sair da cama ou sofá, é só pôr todos os ingredientes na panela, ao lume. O que eu ponho na panela é :
bocados de galinha ou frango com pele – eu sei, eu sei, a canja deve ser feita com galinha, mas é bem mais fácil fazer com coxas ou mesmo aquelas metades de frango para churrasco (sem tempero, claro);
talos de aipo, salsa, cenoura e cebola, cortados aos pedaços (isto é a gosto, costumo pôr uns 3 ou 4 talos e um de cada dos restantes legumes, para 5 ou 6 pedaços de carne),
3 cubos de caldo de galinha e duas folhas de louro. Aproveito para dizer que estes cubos só são usados por mim em último caso, pois não são nada saudáveis. Quando tiver a minha picador, hei-de experimentar fazer uma receita de caldo de galinha concentrado, que já vi num blog e que, na altura, revelarei!
Água até cobrir tudo.
Deixo cozer a carne em lume brando. Depois retiro os pedaços de frango, tiro a pele e desfio. Entretanto, tiro os bocados de cebola e a salsa e ponho massinhas
(os pevides são os meus favoritos) e, no fim, a carne e deixo aquecer, sem ferver, novamente, até a massa estar molezinha.
Bom, ia eu toda contente para comprar os meus legumes, mas vi que não havia nem aipo, nem salsa, nem louro!!! Já estava nervosa por causa dos empurrões e pisadelas que estava a levar de todo o lado, mas acalmei e pensei em susbtitutos : alho francês e alecrim. Quando fui comprar os caldos, decidi experimentar aqueles de que, supostamente, toda a pessoa gosta, devem ser, nem que seja 1% mais saudáveis.
Agora faltava o peixinho. Não o queria cozer, mas não tenho grelhador e não me apetecia estar a grelhar na frigideira e a deixar a sala toda a cheirar a peixe (aqui no “apartamento provisório”, a cozinha e a sala são na mesma divisão e o exaustor deve estar exausto, porque nunca funcionou muito bem). Lembrei-me de ter passado por um stand com coisas para churrasco à entrada do hipermercado e fui lá ver se tinham algo que me resolvia o problema. E encontrei(!!), trouxe uma daquelas grelhas que entalam a comida e se põe por cima das brasas. Quando foi altura de grelhar o peixe, entalei-o na grelha, temperei só com sal e pimenta, equilibrei a grelha por cima de um pirex com àgua e forno com ele, saiu tostadinho. Para acompanhar foi só cozer arroz com um bocado de sal e dois dentes de alho inteiros, descascados. Entretanto, também já tinha feito a canja e saiu óptima! Tão mas tão boa que o namorado já pediu para alterar a receita base e usar sempre alho francês e alecrim em vez de aipo e salsa. Os caldos de galinha não sei se ajudaram, mas por via de dúvidas vou usar destes (também pus 3 e tive de pôr um bocado de sal).
Agora, o último devaneio (finalmente), quando cheguei à caixa fiquei verde só de pensar em ter de carregar uns 4 sacos (não me fiquei pelos ingredientes para o jantar, obviamente) até ao carro, mais o garrafão e mais umas tigelas que tinha comprado (para comer a canja, o “apartamento provisório” só tinha 2 pratos de sopa, um dos quais se partiu há pouco tempo). Mas os deuses deviam estar com pena de mim (ou antes, os especialistas em marketing aconselharam os donos dos hipermercados a pôr stands com sacos reutilizáveis perto das caixas registadoras) e puseram-me a frente um saco preto, com umas flores, gigante, que eu prontamente coloquei em primeiro lugar no tapete rolante e usei para empacotar tudo. E mais houvesse, mais cabia! Claro que ficou pesado, mas foi só pôr ao ombro e fica bastante mais prático e cómodo do que levar 4 ou 5 sacos a cortar as mãos e olhar constantemente para trás a ver se um deles rompeu e começou a despejar tudo pelo chão. Agora “o meu saquinho pretinho das florezinhas coloridas que eu vi numa caixa registadora ao pé de mim” vai andar sempre comigo para todo o lado e desta vez a promessa é para valer.
Bom, acabei. Nunca pensei em fazer posts tão grandes, mas as melhores coisas acontecem quando improvisamos e nos deixamos levar, e a canja é bom exemplo disso, portanto não me vou preocupar. Só espero é que não apanhem seca e fiquem a ler até ao fim 